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Orgulho, ego e preconceito em épocas de pandemia

Quero abordar sentimentos que me arrisco a dizer que se encontram em cada um de nós. Orgulho, ego, preconceitos que todos nós, em algum momento da nossa vida profissional e pessoal, apresentam-se de diferentes formas. 

De cara limpa e direto ao ponto, já inicio te fazendo uma pergunta? Você que está lendo este artigo já presenciou alguma situação que envolveu orgulho, ego, preconceitos ou inclusive se isso já aconteceu com você? Comente, compartilhe, deixe aqui seus valiosos comentários.

Eu sempre procuro adaptar os meus artigos direcionando para a minha área, onde atuo por mais de 25 anos com muita paixão e dedicação, que é a indústria da hospitalidade, mas esse tema pode transitar em todos os segmentos, pois está presente nas organizações de forma geral.

Orgulho como admiração

Interessante que o orgulho mais positivo é aquele orgulho que você admira, não é verdade? Exemplo: Bernal, estamos muito orgulhosos de você por estar conseguindo avançar nos seus projetos. No meu entendimento, costumo enxergar com bons olhos este tipo de orgulho, pois está querendo lhe transmitir que muitas pessoas torcem por você, te admiram por suas conquistas e principalmente pela sua capacidade de realizar.

Aqui posso dizer que é um tipo de orgulho positivo, que valoriza seu esforço, sua luta, dedicação e potencial. Outro exemplo que registro aqui publicamente. Eu, como pai do Andréas Bernal, tenho imenso orgulho pela oportunidade de ter um filho maravilhoso como ele.

Este elogio, reconhecimento da minha parte para com Andreas é uma forma de dizer que este orgulho representa para mim a admiração que sinto pelo meu filho. 

Em resumo, muita gente admira o admirado, ou seja, precisamos reconhecer que caminhamos sempre numa linha tênue, as nossas responsabilidades e conquistas ou erros e falhas, caem sobre nós mesmos. Veja que interessante essa percepção e acontece todos os dias.

Orgulho por status e posição social

Existe um livro muito conhecido que até virou filme, que se chama “Orgulho e Preconceito”. É um clássico da literatura o qual recomendo a leitura para os amantes de livros, assim como eu. No livro, assim como na vida real, são explícitos o orgulho, o ego e o preconceito social. Em resumo, eu diria que as pessoas com condições financeiras melhores sentem-se orgulhosas disso, das suas posições e status, e não querem se misturar com as “gentalhas”, como bem coloca até um programa antigo do Chaves (gentalha, gentalha, gentalha)…

Trazendo para a nossa realidade, fato é que esta posição social aparenta que outras classes além destas são menos importantes, inferiores, piores, como se a condição financeira dentre outros lhe dão o direito de menosprezar os demais. Essa situação acontece todos os dias, pois sentem-se superiores e melhores do que os outro pelo fato de seus patrimônios, contas bancárias cheias.

Outro dia, recebendo a mentoria com um dos empresários brasileiros mais bem-sucedidos do Brasil, na ocasião ele citou que apareceu na Forbes sem citar a própria, entres os 10 brasileiros mais ricos, bilionários, mas achei muito interessante que ele não citou a Forbes, como Forbes.

Ao invés disso, ele disse: Fiquei surpreso em ter aparecido numa revista e tal, sem citar a própria revista e complementou que dos 10 bilionários, 8 eram herdeiros e somente 2 tinham construído sua riqueza do zero, ele foi um caso destes. Agora pense: deve ser muito mais prazeroso e dar muito mais orgulho construir suas coisas do “zero”, do que herdar, certo? Mas, e quem herda as coisas, tipo: “não fizeram nada e são bilionários”, porque herdaram da sua família?

A vida é tentativa e erro

Tudo isso é bobagem e criamos um ar de superioridade ou de inferioridade que anda conosco todos os dias talvez pelos bens materiais que muitos têm e outros nem tanto. Lembrando que ter sucesso no Brasil ou fora não é crime, porque ser rico ou bilionário tem suas vantagens, não vamos ser hipócritas de votos de pobreza, cada qual com suas crenças e escolha/estilo de vida.

O que quero citar como exemplo é que tudo caminha junto: orgulho, ego e até preconceito fazem parte da vida. São sentimentos que cada um de nós temos em nós, uns convivem bem, outros sofrem com estes mesmos sentimentos, seja de inferioridade, ou outra situação.

O mais perigoso disso tudo é o orgulho, ego e até preconceito de forma extremamente negativa, aquele indivíduo que não consegue pedir desculpas, perdão. O tempo passa para todos, não importa se você faz alguma coisa ou não, ele não volta.

Portanto, não vale a pena carregar esse peso nas costas por algum tipo de orgulho, ego, etc. Na vida real, isso acontece, faz parte, mas o que precisamos, todos nós, é de conscientização de que somos fracos, fortes, erramos, falhamos, acertamos, ou seja, a vida é uma tentativa de erro e acerto.

Acredito que precisamos trabalhar a empatia em tudo o que fazemos e isso não é um trabalho fácil como muitos dizem por aí. E a pandemia está aí para aprendermos de tudo um pouco, mas o mais importante é a compaixão, humildade.

Quando o nome abre portas

A pandemia tem me ensinado muitas coisas em todos os aspectos. Quando eu cheguei nos Estados Unidos, logo à frente já recebemos a pandemia de “brinde” para nos arrancar da zona de conforto, repensar, reinventar tudo do zero, em outro país, outra cultura e aguardando autorização formal para transitar no mercado que mais adoro que é a hotelaria.

Até isso acontecer, me debrucei em vários projetos no formato online, continuando a estudar e buscando conhecimentos de diversas maneiras. A única coisa que eu tenho é um nome e esse nome tem portas abertas em qualquer local pelo trabalho, e responsabilidade que consegui desenvolver na minha carreira. Essa credibilidade me fez avançar lentamente, mas além disso, ter a oportunidade de reaprender tudo e em todos os aspectos. Hoje eu continuo atuando em vários projetos, inclusive um deles você já está podendo conhecer um pouco sobre a plataforma Bymschool, além de poder transitar na indústria da hospitalidade americana. Isso é FANTÁSTICO.

Para finalizar, mesmo que você tenha ego, orgulho, lembre-se que você é importante e que seu conhecimento ninguém tira de você. Dê um passo para trás se for necessário, isso não é demérito em hipótese alguma. O mercado irá lhe reconhecer tão logo essa pandemia passe. 

 

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