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Conheça minha trajetória: de vendedor de melancias na periferia de Foz do Iguaçu a embaixador pela Divine Academie Française des Arts Lettres et Culture

Pessoas de sucesso geralmente são admiradas pelo seu resultado final, ou seja, celebridades que estão em alta, empresários que alcançaram o topo, mulheres que ocupam cargos de alto escalão, entre outros exemplos. O que quero dizer com isso é que quase nunca as pessoas têm acesso ou ficam sabendo das escolhas que tivemos que fazer para chegar até lá.

Muitos são os desafios até que o trabalho final seja de sucesso e isso nem todos os profissionais estão dispostos a pagar. E não tem problema algum com isso. Liderança não é para muitos até porque o que seriam dos líderes sem as pessoas-chave responsáveis pela operação? Eu diria que absolutamente nada.

Por isso, ter obtido a honraria de ter me tornado embaixador pela Divine Academie Française des Arts Lettres et Culture pela coautoria do livro “Segredos do Sucesso – Histórias de Executivos da Alta Gestão”, no dia 17 de outubro de 2018, passa a ser um marco na minha trajetória como profissional. Assim como fica registrado na minha memória a noite de autógrafo da publicação no estande da Divine Académie no Carrousel du Louvre, em Paris, nos dias 19 e 20 de outubro.

Isopor e frutas na mão e muita disposição

Durante a semana em que estive em Paris, aumentei meu networking, revi amigos, celebrei essa conquista e revivi como um filme de Lumière passagens da minha vida profissional. Quem diria que o menino nascido em Foz do Iguaçu, que “vendia” melancia na periferia aos 12 anos, estaria hoje aqui. A ideia foi da minha mãe, Dona Margarida, que comprou uma caixa de isopor e as frutas para que eu já tivesse um direcionamento ao trabalho. Antes de encontrar meu propósito na hotelaria, fui menor aprendiz na Itaipu, repositor em supermercado, atendente em pizzaria e até recepcionista.

A oportunidade que me faria construir carreira na hotelaria ocorreu quando fui contratado pela Rede Bourbon de Hotéis & Resorts em Foz do Iguaçu para ser caixa setorial. Lá, passei por vários setores, desde escrituração fiscal, contas a pagar/receber, faturamento, compras, analista de custo, caixa geral e auditor interno de receita. Posso afirmar que foi ali, durante os quase 5 anos que permaneci na rede, que decidi que era essa a profissão que eu iria seguir.

Ocorre que eu sempre tive a visão de crescimento profissional. Por isso, não tive dúvidas: embarquei em um ônibus para São Paulo e, chegando lá, nada aconteceu como eu planejei, porque não consegui emprego em nenhum hotel, fiquei sem dinheiro e resolvi ir para Curitiba. Na capital, morava com quatro pessoas em uma quitinete e à noite trabalhava como garçom.

Persistência e resiliência

Mas nunca desanimei: saía cedo para entregar meu currículo pelos hotéis da cidade, caminhava 15 km a pé para ir até o centro e depois mais 15 km para voltar. Era essa a minha rotina durante 20 dias até aparecer a próxima oportunidade que foi na rede de hotéis Mabu como auxiliar financeiro. Após muito esforço e persistência, foi na rede de hotéis Bristol que consegui chegar a gerente geral com 24 anos.

Com visão geral por ter passado por várias áreas, além de paralelamente ter me aperfeiçoado para atuar na gestão, fui para o Four Points by Sheraton como gerente de operações e, mais tarde, assumi minha segunda gerência geral dentro da rede, dessa vez no Quality Hotel. Desde então fui assumindo sempre novos desafios, passando por outros hotéis, como Radisson Hotel Curitiba e finalmente assumindo o Four Points by Sheraton Curitiba como gerente geral e mais tarde como diretor-presidente do Termas de Jurema Resort Hotel. Atualmente, Nilson Bernal reside nos Estados Unidos prestando consultoria a hotéis internacionais.

Em todas essas passagens pelas empresas, provava diariamente que eu merecia estar ali e a única forma de fazer isso era através de resultados. É assim que eu me mantenho até hoje  na minha profissão eu posso fazer tudo dentro de um hotel desde que eu entregue o melhor resultado.

E, para você conseguir isso você precisa de uma equipe muito boa ao seu lado. Quando eu era parte da equipe eu fazia de tudo para meu Gerente Geral entregar seu resultado e assim também engajo minha equipe atual para que saibam que a parte de cada um deles me ajuda a construir o todo.

Há 20 anos eu me apaixonei pela Hotelaria e foi esta profissão que me ajudou a sair de uma situação vulnerável, abaixo da linha da pobreza, para uma vida mais digna. Se eu consegui, você também consegue. Mas, para isso, é preciso estar disposto a fazer o que for preciso para chegar lá.

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