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Mercado de trabalho: quem fica e quem vai?

No Brasil, a maioria das empresas hoteleiras tem característica paternalista, ou seja, são os próprios donos de hotéis que tocam suas empresas. Isso causa algumas consequências. Nesses casos, em sua maioria, temos que tomar muito cuidado com quem deixamos em nossas empresas.

Às vezes o tempo de casa de alguns funcionários é bem danoso, pois estes acreditam que podem fazer tudo, pois são “amigos do dono”. Isso é muito comum nas operações hoteleiras de empresas familiares.

Por outro lado, isso também acontece em empresas pouco mais profissionalizadas, como redes hoteleiras.

Outra consequência desse comportamento é mesmo financeira, causando prejuízo imenso para a empresa. Em algumas situações, infelizmente existe até mesmo uma certa conivência com tudo o que acontece na empresa, como a expressão “aqui sempre foi assim”. Fato é que a conta chega para todos.

Gestão tem papel essencial para mudar mentalidades

Porém, antes de demitir esses colaboradores, o papel da gestão é sempre recuperar essas pessoas e trazê-las para a realidade da empresa e tentar fazer com que ela mude seu comportamento e atitudes em prol da companhia.

Mas é muito difícil mudar a mentalidade de alguns que estão na empresa por longos anos. O executivo muitas vezes sofre com este perfil e na maioria dos casos não tem muita autonomia para “substituir” esses funcionários problemáticos.

O ideal é que a área de Recursos Humanos já selecionasse o perfil adequado para a empresa, mas a hotelaria no Brasil está “engatinhando”.

Para se ter uma ideia, existem organizações que nem têm RH, ou seja, realocam algumas pessoas para fazer departamento pessoal, situações burocráticas e mal têm tempo sequer de ouvir seus funcionários.

Como acertar na contratação

Então como evitar um mal funcionário a curto prazo? Com o tempo você começa a avaliar o comportamento das pessoas, mas diante disso vem o custo e qualquer desligamento é muito caro.

Hoje é caro, mas amanhã será ainda mais caro. Para as empresas mais estruturadas, sim, é possível, mas somente o tempo irá dizer se a contratação foi acertada ou foi mais um que falou bonito e conseguiu entrar pela porta da frente.

O funcionário que fica

Diante desses desafios, o colaborador que fica é aquele que realmente te ajuda a cuidar do patrimônio que lhe foi confiado.

O gestor hoteleiro consegue identificar esse perfil rapidinho, para o bem ou para mal. Funcionário bom se paga. E tem muita gente boa e do bem trabalhando nas empresas hoteleiras. 

Dicas do Bernal

Por fim, deixo aqui algumas considerações para que os gestores reflitam sobre a gestão de pessoas. Cuidado com o perfil de funcionário que ainda tem muito por aí que bate no peito e diz que ama a empresa. Esse é pior de todos.

Funcionário tem que respeitar, admirar, cuidar e até pode “amar”, mas esse tal de “amor” tem que ser na prática, via conduta ilibada de um exemplo a tudo e todos e não da boca para fora. Afirmo que as organizações estão infelizmente infestadas de pessoas com esse perfil.

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